Eu ainda não sei bem a função de publicar meus textos, como eu já descobri a função de publicar minha fotos. Mas ontem algumas pessoas me escreveram agradecendo algumas coisas que escrevi, coisas até bem antigas. O fato é que os textos me deixam muito nua e nem sempre me sinto confortável com essa nudez. Vai mais um:
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Eu descobri! Eu agora sei que o que eu mais temia, não acontece mais, assim, tão facilmente! Eu temia não saber voltar! Eu temia não saber deixar voar! Eu temia me perder na geleia mais uma vez. Mas isso, de fato, não acontece.
É como dirigir, andar de bicicleta, molhar os pés na água, respirar! Passa a fazer parte de você! Eu agora posso muito dizer que sei ir e voltar! E saber isso implica em entender e, principalmente, aceitar sem dor. Que difícil!
Em uma semana eu estava quase-dormindo com um sorriso enorme, daquele que parece que o coração, o fígado, riem junto! A frase era: é só aqui que eu quero estar! É só isso que eu quero agora para mim! E, uma semana depois, a frase era, internamente: vá! “Vá!”. E se foi.
Ele se foi, mas eu não!
Eu voltei, aqui pra dentro, quentinha e sabendo exatamente o caminho a andar! Sabendo exatamente o que fazer, com quem, como, onde e como me sentir. Quem se foi, foi ele e não eu. Voltar é mais difícil do que vê-lo partir e eu voltei, ainda assim, dançante.
É muito, muito, muito bom, daquele “bom” que dá vontade de abrir a boca e sorrir com todos os dentes, perceber que o meu medo de não saber voltar acabou. E não foi porque eu deixei o temor de lado, mas sim porque eu mesma VI que é possível, e, melhor ainda, sem esforço, voltar pra casa! Voltar pra mim. É ir e vir. Sim, eu fui! E só foi tranquilo voltar porque deixei pedacinhos pelo caminho, que nem João e Maria.
Migalhinhas de vida, de ex-amores, de dores, de descobertas, de redescobertas. Migalhinhas de felicidade, de euforia, de soninhos com sorrisos, pedaços inteiros de paz! Foi fácil, depois de tanta coisa, olhar pro lado e voltar.
Nem vou mentir dizendo que não chorei. Mas não vou mentir dizendo que doeu. O que dói um dia só não é dor, é perda. O que me fez feliz alguns dias, é, sim, amor. É! porque eu senti, é! porque veio aqui de dentro e fez cosquinha no coração. É porque é.
E o que é o amor senão dizer: vá! ?
Principalmente, amor por mim.
Mas amor pelo outro também a quem não entendo, mas aceito. Ou, na verdade, até entendo.
Amor pela vida que se faz sem esforço.
Eu aprendi, um dia desses meditando ao nascer do sol, que tudo tem que acontecer naturalmente, sem esforço. Ao contrário do que todos acreditam.
Se for para se esforçar para dar certo, não deu. Se for para se esforçar para acontecer, esqueça. Se for para se esforçar para amar, não é amor.
Amor flui.
Amor clica.
Amor existe.
Sem esforço.
Amor é feito, basicamente, de alegria e paz!
Carol
ps: ui! tô me sentindo nua, vou correr pra pegar a toalha 🙂
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