Mais uma história de mães que se superaram na maternidade. Como eu fico feliz em fotografar e conhecer mais de perto essas mulheres poderosas, corajosas, inteiras. Dessa vez fui à Brasília fotografar um casamento e mandei um e-mail pra Luanda, velha conhecida de Recife. Lua, sexta vc está livre? Queria saber se, por acasoooo, vc quer ser personagem do meu projeto pessoal sobre mulheres que se superaram na maternidade. Ela super topou.
Saindo do elevador ela já me esperava na porta. Entrei de mansinho, mas fui adentrada, fui imediatamente absorvida por duas criaturas menores que eu (!) saltitando e me puxando e me mostrando guarda-chuvas coloridos. Cheguei na hora do almoço, comida delicia, casa iluminada, leve, muitas pessoas, muitos braços me abraçando, muitos dentes de sorrisos. Não parava de aparecer gente. Não parava de acontecer histórias simultâneas o tempo todo. Muitas cores. Muitas bonecas, desenhos, quadros, vida.
Cheguei, essa é a casa da Luanda e do Pedrinho e seus três filhos: João, Irene e Teresa.
Teresa, 2 anos.
Irene, 3 anos.
João, 7 anos.
Tá na mesa! Eu que falei que não ia almoçar fui convencida pela frase: aqui tem muita gente, sempre tem muita comida, VEM! Então, tá, né? Eu não queria perder esse momento…
… em família…
… com tantas crianças…
… comendo feito gente grande, sozinhos e acompanhados num caos totalmente organizado e controlado.
Me jogou na cara como eu não consigo manter UM filho sentado enquanto almoça hahahahaha!
Mas veja bem, é só por hoje, eu sei…
Mesmo assim, incrível, uma bagunça lindamente orquestrada.
Com direito a sobremesa, porque era sexta-feira.
E tem vida real. E choro. E manha. E muito dengo. E paciência.
E jajá passa. Tá tudo certo. É aí, aqui, ali, em todo lugar, tudo igual…
Vez ou outra ele chega perto…
E me mostrou o que tem de mais legal na sua casa: A TOCHA OLÍMPICA que o pai carregou em Barbacena. Confesso que tentei colocá-la na minha bolsa, mas não coube… rsrsrs Mas percebi que na verdade nem era o objeto em si, mas o orgulho que ele sentia de tudo que que aquilo representava, o herói dele, carregou a tocha!
E qual dessas medalhas de futebol você gosta mais, João?
– Dessa! Ficamos em segundo lugar, mas foi muito difícil vencer e vencemos! Essa medalha de segundo lugar é a que eu mais gosto, me superei!
Né, Carolina? A gente aprende sempre e principalmente com as crianças.
Esse é o Pedrinho Fonseca. O cara que eu conhecia de internet, que escreve, que fotografa, que faz e acontece. Eu fui ali contar a história da mulher dele e como ela equilibra a vida.
Foi lindo ver esse bate papo, essas discussões de pai e filho, argumentos, diálogos…
E essas irmãs quase gêmeas?
E ela entra em ação. Abaixa, conversa, olho no olho. Explica. Argumenta, fala de novo, de novo.
E fica tudo assim…
É uma mãe-boneca.
Uma mãe igual a tantas.
Luanda já foi minha consultora de moda. E quando eu perguntei e a moda? A resposta foi rápida.
– Que moda?
Luanda virou mãe de três. Se mudou de SP pra Barbacena onde morou só 6 meses, se mudou para Brasília fez curso de doula. Criou o Mamas & Manas com a Tatiana da Família Moderna e juntas elas fazem grupos de apoio a gestantes, mães, famílias, etc. Tudo da maternidade lhe interessa. A sua e a alheia. Sem julgamentos. Com respeito.
O mais difícil é a gente acolher essa nova realidade da nossa vida, ela me disse. Amei muito essa frase dela. ACOLHER. SE ACOLHER.
Como ela consegue? Ela se acolhe. Ela acolhe os outros, ela aceitou sua nova realidade sem dor, o que não quer dizer que não houve sofrimento. Tudo é um processo, são escolhas, são alegrias. Eu, de longe, acompanho tudo pensando: como assim ela não está muito muito cansada. Tem dias que sim, ela está. Como eu e você. Vou contar uma história rápida: ela estava aqui no Rio me dando consultoria, bebemos vinhos, comemos, bebemos mais um pouquinho e quando ela voltou pra SP logo depois descobriu que já estava grávida da Teresa de 3 meses! E eu no mês seguinte eu engravidei do Francisco. E reencontrando ela, quase 3 anos depois, eu pensei no tanto que uma vida muda, em quantas vidas cabem numa vida.
Lua, nós hoje, fazemos a mesma coisa: cuidamos de mulheres. De famílias. De crianças. Cada uma do seu jeito, com nossa força e nossa coragem de ACOLHER (amei isso) a nossa realidade e, ainda digo mais, reconhecendo que ainda somos aquelas, mas somos mais, bem mais do que já fomos!
Eu poderia acabar o post aqui, hahahahah, e dizer OBRIGADA, olhando para essa imagem abaixo, olhos nos olhos. OBRIGADA.
Mas como a bagunça continua, vamos nós!
Até meu pano de pescoço virou manta da neta da Luanda hahahahaha
Cansa mas é bom, né? 🙂
Irritadíssima porque tinha que colocar senha hahahahaha!
Estava muito bom, mas agora vamos sair, vai rolar um piquenique na pracinha!
Parecem fadas. Parece mágica…
Mas olha, vamos juntar todo mundo pra tia Carol fazer uma foto? Será que dá? 🙂
Mais uma!
Tá quase lá!!
CLICK!! Ta lindaaa!
Um a um saindo… e quem fica é a base. Onde tudo começou.
Milhares de anos atrás, quem sabe de quantas vidas…
Ele acha ela foda. E ela é.
Obrigada por terem me recebido! Me acolhido. Por terem sido tão vocês enquanto eu estava aí! Obrigada!
Meu post acabou 🙂 maasss como estávamos indo para um piquenique….
Fecha a porta, Teresa, esse post já está muito grande!!!!
Ser Mãe é… 😉
BEIJO LUA!!!!
🙂
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