Ele estava todo engomado. Combinando. Mangas dobradas, orgulho da mamãe!
Mas eu quero essa! – Logo essa?! – é minha preferida!
E mãe que é mãe… tudo bem, né?
Mariana, ela foi a primeira noiva que eu fotografei na vida, 2005. O filho mais velho tem o nome do meu, Francisco!
E chegou Felipe, o furacão.
Aliás, alpinista! – Vem cá passar o remédio!
Eu sei… desde cedo a gente tem que lidar com coisas de adultos… estou vendo. Mas, olha, como adulta, mesmo que pequena, eu te digo que tudo vai virando poeira quando o tempo passa. Difícil imaginar. Eu sei. Brinca, faz voar sua criança!
E voa!
Francisco e Felipe. Já vi isso em algum lugar!
Quero foto com os dois!
– Quero só com a mamãe, sozinho!
– Saaai, Felipe! ô mãe ele pulou!
Pipo, o pai herói do Felipe.
Para ser herói, que fique registrado, o pai não precisa de nada do que achamos importante. Pra ser herói de verdade é só olhar assim pro filho. Eles não querem mais nada não… um olhar, um colo e já te dão uma espada com capa!
Ah… os irmãos! Só muda de endereço!
Levou bronca.
E você também!
Mas no porta retrato, o que entra é isso. A cola, o abraço, a liga, o afeto, aquilo que é mais forte que o caos.
Mesmo que haja ciúmes….
… uma hora embola todo mundo, um por cima do outro, cachorro, mãe, pai, irmãos. Pra mim, no porta retrato entra essa aí. Um por todos, todos por um.
Porque família é uma zona. Família ri, briga, abraça, se olha. Se olha. Faz as pazes. Abraça, te amo, te amo, te amo. E vem o caos e vem o abraço e o que importa de verdade, é quem senta nesse sofá. É quem quer sentar, é quem ri junto, chora junto, abraça junto.
Todo mundo.
É isso, vida REAL. Após quase 12 anos de ter fotografado o casamento de vocês eu saí daí feliz! Feliz de saber foto de porta retrato não existe. O que existe é amor e construção!
OBRIGADA!
Com amor,
Carol
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